A Lady of the House, plataforma mundialmente renomada que promove mulheres na música eletrônica, acaba de anunciar as vencedoras do seu Concurso de Demo inaugural — um chamado nacional para a criatividade que atraiu centenas de inscrições de todos os cantos do Brasil. Mais do que um concurso, este foi um movimento impulsionado pela comunidade, cultura e uma crença inabalável no poder da representatividade por meio do som.
Com curadoria e liderança da DJ e produtora CAMZ, embaixador brasileira da Lady of the House, o concurso convidou novas artistas a enviarem suas faixas originais via Label Radar. As inscrições chegaram em grande quantidade — de porões rústicos de São Paulo a estúdios litorâneos do Rio — cada uma delas com testemunho do rico e inexplorado potencial que floresce no underground brasileiro.
Entre mais de 100 inscritas, quatro vencedoras chegaram ao topo — escolhidas por um poderoso júri, carinhosamente apelidado de “Madrinhas do A&R”: o fenômeno internacional do techno, Joyce Muniz, a maverick da mistura de gêneros, a chefe da AIA Records e residente do D-EDGE, Aninha, e a sensação do house brasileiro Carola, que rapidamente ganhou destaque, remodelando as expectativas para as mulheres na música eletrônica. Suas conquistas incluem apresentações em grandes festivais como Coachella e Tomorrowland, e recentemente o remix de uma faixa para a lenda Fatboy Slim.
“Mais de 100 inscrições foram avaliadas pela equipe da Lady of the House, que fez uma pré-seleção. As 10 melhores faixas foram então enviadas — de forma anônima — para as Madrinhas, que escolheram as vencedoras com base somente na música.” explica Laila Mckenzie, fundadora da Lady of the House.
Vencedoras
Analu – “Don’t Feel Like Singing”
“I Didn’t Feel Like Singing” é uma faixa que fiz em um dia que acordei com a garganta meio ruim e estava extremamente a fim de fazer música. Logo, não podia cantar nela e decidi samplear uma acapella de House old school enquanto fazia um beat 123 BPM com timbragens que me remetiam aos anos 90 e a cena rave da época.”
Bia Portela – “QUIT”
“A track “QUIT” nasceu do meu coração com um propósito muito claro: inspirar. Usei um discurso poderoso de um pastor americano chamado T.D. Jakes porque ele carrega uma mensagem que eu acredito profundamente, não importa onde você esteja ou o que esteja enfrentando, nunca desista dos seus sonhos.
A vida é cheia de altos e baixos, mas a fé, a força interior e a persistência nos mantêm de pé e foi essa mensagem que eu quis passar através dela. Utilizei elementos do deep tech, acid, baixo groovado e com acordes que remetem ao house music.”
Elisa Amaral – “Honey”
“Honey’ fala sobre uma história de amor: minha com a música. Produzi num momento em que eu queria desistir da carreira, mas acabou se tornando um respiro de esperança. A letra reflete esse reencontro por algo que nunca deixou de estar em mim. A track tem uma energia intensa e versátil, assim como eu, e flerta com uma mistura de disco, house e até o techno.”
TTAI- “Make It Deep”
“Make It Deep’ é uma música especial e desde o começo senti isso, pois ela tem uma energia incrível e é totalmente diferente de todas que eu já fiz. A ideia surgiu através do vocal, tive vontade de fazer algo mais voltado ao deep house e sai totalmente da minha zona de conforto. O resultado da junção de um groove magnético e um vocal cativante foi uma música divertida que te envolve e não te deixa parado.”
Essas quatro artistas agora receberão um impulso de carreira incluindo:
- Um lançamento totalmente promovido pela Lady of the House Records no dia 5 de setembro, em todas as principais plataformas
- Mentoria da CAMZ e de grandes nomes da indústria
- Equipamentos premium de produção musical, oferecidos pelos parceiros Beatport, Native Instruments e Novation
- Acesso à rede Lady of the House
- Destaque na mídia e ensaio fotográfico
- Apresentações exclusivas ao vivo nos eventos da Lady of the House no Brasil
Mais do que música: Uma mudança cultural
“Não se trata apenas de escolher vencedores. Trata-se de construir um novo futuro. Queremos que esses artistas sejam vistos, ouvidos e apoiados — não apenas na pista de dança, mas também no estúdio, nas salas de reuniões e nos palcos de festivais.”, disse CAMZ.
O concurso faz parte de uma iniciativa maior para reescrever a narrativa da indústria no Brasil, oferecendo visibilidade, oportunidade e equidade, há muito esperadas, àqueles historicamente deixados à margem da cultura da música eletrônica.
O movimento cresce
A Lady of the House Brasil é uma extensão da comunidade Lady of the House, nascida no Reino Unido e mundialmente renomada, que se dedica a ampliar as contribuições femininas para a música eletrônica desde a sua criação. O capítulo brasileiro firmou parcerias com marcas de vanguarda, como Beatport, LabelWorx, D-Edge, Laroc, Drumsheds London e House Mag, para garantir que esse projeto não apenas surja, mas prospere.
Com a conclusão deste concurso histórico, o trabalho continua. De programas de mentoria e apresentações de selos internacionais a editorias e reservas para eventos ao vivo, a jornada das vencedoras está apenas começando, enquanto a Lady of the House continua a se consolidar como uma referência no cenário da música eletrônica brasileira em constante evolução, afirmando seu papel como mais do que uma plataforma – é uma força cultural que cria mudanças reais e duradouras.
Por assessoria
